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Desabafos,desatinos e aventuras de uma emigrante em África.
Hoje, a saúde ocupacional obrigou-me a fazer uma série de exames médicos, entre eles a colheita de análises sanguíneas e um raio X aos pulmões e à coluna. Para começar, na ficha de inscrição, conseguiram escrever errado os meus 4 nomes. É verdade...e não são difíceis, acreditem!
Depois fui tirar as análises. Arregaço a manga da camisa, veia cheia, sem dor. Impecável. Limpa o braço, põe penso e saio do gabinete. Ao direccionar-me para a sala seguinte, vou a desenrolar a camisa quando reparo que, já estou cheia de sangue no braço. No braço, na camisa, e até no chão já tinha pingado. Eu nem tinha dado conta! Voltei para trás para substituir o penso rápido que já estava ensopado e desta vez certifiquei-me de que a hemorragia estava estancada. Nunca me tinha acontecido semelhante! Nem sei como foi possível sair tanto sangue em meia dúzia de segundos, por um furinho tããão pequenino feito no braço!
Desta feita, sou chamada para a sala de raio X. O técnico disse que tinha que me despir e colocar uma bata que lá estava pendurada. Até aí, tudo bem. Mas a bata, além de enorme não era de botões. Era tipo daquelas que vemos nos filmes, que apertam atrás com uns fios, que os doentes no hospital usam e ficam com o rabiosque à mostra. Eu bem que tentei arranjar solução para aquilo, até cheguei a perguntar para que lado eram os fios, mas como ele me disse que podia usar como quisesse, eu lá dei uns nós estranhos e decidi usar os fios na parte da frente. Achei que estava um bocado parola mas que ficaria tudo mais controlado a nível de não se ver mais do que o necessário. Mas ainda assim saí do balneário com as minhas dúvidas... Felizmente, essas dúvidas dissiparam-se quando depois de virar de costas, e virar de frente, me mandaram virar para a esquerda e levantar os braços! Pensei logo "decisão acertada!"! Isto porque, virei-me para a esquerda e o técnico ficava na sala atrás de mim. Imaginam-me de braços levantados atrás da cabeça e com a bata a apertar atrás? Ahahah, safei-me de boa! Ás vezes compensa ir contra as regras!
Fiz também uma espirometria. Que a meu ver, é o pior dos piores. Já o fiz umas 4 vezes e acho sempre terrível. Para quem não sabe, a espirometria é um exame aos pulmões que nos obriga a expirar por um tubo, que entra numa máquina e faz uma leitura. Só que, temos de expirar com força até ficarmos sem nenhum ar nos pulmões. Parece simples não é? Pois...mas não é mesmo! Supostamente a expiração tem que durar 6 segundos, o que é super difícil de conseguir pois tem que ser com força. O técnico que fazia o exame era muito engraçado, e enquanto expiramos gritava "vai vai vai vai vai...". Só dava vontade de rir, o que não ajudava para concentrar no exame. Eu já só dizia que me estava para sair um pulmão fora...Como temos de fazer umas 6 repetições, saímos de lá como se tivessemos ido correr 10km.
Mais 3 exames feitos, uma consulta no médico e estava despachada. Acho que desde que saí de Portugal, já fui mais vezes ao médico do que durante toda a minha vida. Ora vejamos, todos os anos faço exames de saúde ocupacional e uma vez por ano, quando vou a Portugal, faço análises e exames também. Não tenho cá desculpas para ficar doente não é?
Até já!*