Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Desabafos,desatinos e aventuras de uma emigrante em África.
Crise. Essa malvada. Em 2008 estava eu bem longe de imaginar o impacto que a recente crise teria na minha vida. Até porque de economia percebo pouco, então nem sequer liguei muito ao tema nos primeiros tempos. Já começava a ouvir os meus professores na faculdade a dizerem que uma passagem profissional pelo estrangeiro seria óptimo para o currículo, além de nos obrigar a evoluir profissionalmente em menos tempo. Ok, até aí tudo bem, é muito giro mas não vou estar agora a pensar nisso que tenho muito que estudar. Depressa terminei licenciatura e aí sim, dei logo de caras com as consequências da crise. Durante os dois anos de mestrado enviei currículo atrás de currículo...respostas nem vê-las. Quando se vê o sector da construção civil parado, as empresas a estabelecerem-se em África ou na América latina, somos obrigados a considerar hipóteses que antes pareciam piada. Por isso não foi de estranhar que me agarrasse com unhas e dentes à oportunidade de vir trabalhar para Moçambique assim que ela surgiu. “Olha, uma empresa que considera contratar mulheres...não acredito!” Porque além da crise ser a grande culpada, como é de conhecimento geral (e apesar das pessoas gostarem de dizer que a mentalidade tem vindo a evoluir, patati, patata), a indústria mineira/construção civil/whatever também não gosta muito de ter por lá senhoras a trabalhar. E pronto, foi assim que me tornei numa emigrante.
A parte boa da coisa, é que se não fosse a crise, não tinha coisas giras para escrever aqui no blog!
Infelizmente, hoje estou cá porque a crise assim me obrigou.
Felizmente, hoje estou cá porque a crise assim me obrigou.
Infelizmente, continuo cá porque a crise assim me obriga.
Já estava na hora desta crise acabar não?
Até já*