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Desabafos,desatinos e aventuras de uma emigrante em África.
Detesto baratas (mas quem é que gosta delas?). Já fazia ideia que aqui havia bicharada, e como esses seres resistentes a tudo estão em todo o lado, não seriam excepção. No primeiro mês que cá estive, nem tive grandes encontros com a classe insectívora local. Excepto naquele dia...o dia fatídico em que uma barata castanha, gigante e com asas estava pousada em cima do meu casaco, no meu quarto. NO MEU QUARTO!!! O que fazer? Esperar atentamente pelo colega de trabalho que me ia buscar (sem tirar os olhos da menina, não fosse ela mexer-se e ficar em paradeiro incerto) e pedir-lhe que a matasse. Objectivo cumprido! 1 para mim, 0 para a barata.
Hoje em dia, e depois de já vários encontros imediatos de 3º grau com estes seres, continuo a preferir não as matar e continuo a pedir gentilmente a quem estiver por perto para fazer o obséquio. Mas quando estou em perigo, com uma filha-da-mãe a vir na minha direcção, tomo a medida drástica do chinelo ( não vá ela atacar-me e matar-me à dentada). Aqui não há saneamento, logo tenho uma fossa na parte exterior da casa. Entenda-se por fossa: palácio das baratas. Há pouco tempo fez-se uma desinfestação, mas as criaturas voltaram em força para mostrarem que são duras de roer. Sair de casa à noite é ter sempre um confronto directo com 2 ou 3 a passear à porta. Mas enquanto é lá fora... menos mal. De vez em quando, uma aventura-se para dentro de casa, mas normalmente não tem final feliz.
Mas a noite passada...ai a noite passada. Acordo a meio da noite e vou ao WC. Quando volto para a cama...O que é aquilo? Uma barata. Uma barata...NA CAMA. ESBORRACHADA. Mas o que me surpreendeu (deve ter sido do sono!), é que o espécime foi retirado da cama e voltei a dormir como um bebé. Noutros tempos teria ficado imóvel por 5 minutos, arrepiada por 15 minutos e teria passado uma hora à procura de baratas no quarto, não fosse ter outra surpresa. De manhã ainda encontrei uma patita por lá perdida... não deve ter tido uma morte fácil a baratinha.
20 para mim – 0 para as baratas.
Até já*