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Desabafos,desatinos e aventuras de uma emigrante em África.
A semana passada, quinta-feira para ser mais precisa, cairam as primeiras pingas. Nada durante o solarengo dia, o fazia esperar. Mas por cá, já se sabe que podemos acordar com chuva e terminar o dia com sol, ou vice-versa.
O primeiro indício foram as nuvens que ao final da tarde, se começaram a ver ao longe. Escuras e densas. Mas depois veio a parte mais interessante e típica de cá. A “chuva de Tete”. E por isto, entenda-se, resmas de pó. Põs-se uma ventania forte que levou tudo pelo ar, pó, lixo e até telhados de chapa. As pessoas correram para se abrigar. Os carros diminuiram a velocidade, tal era a dificuldade em ver a estrada. E a pista de avião desapareceu no meio de uma paisagem árida e castanha. E depois de tudo isto, finalmente a chuva.
Não foi muita. Digamos que até foram só meia dúzia de pingas, comparando com o que estamos acostumados. Mas claramente, deu-se por aberta a época dos vendavais.
E foi mais ou menos assim:
A partir de agora, vai ser sempre a piorar. Venham as molhas!
Até já!*
Bem...tenho andado ausente do blog nas últimas duas semanas. E porquê? Ora...não basta a internet já não ser boa por estas bandas (às vezes demoro quase uma hora para conseguir postar algo!!!), que agora é inexistente!
Mas isto tem uma razão de ser... passo a explicar. Os escritórios da minha empresa ficam no cu de Judas. E aqui cu de Judas significa meeeeesmo no meio do nada. Como nessa zona não haviam comunicações, foi instalada uma antena para rede de telemóvel Mcel e para rede de internet TDM. Só que, como isto é no meio de nenhures, a energia de funcionamento da antena é obtida por meio de um gerador.
Gerador esse que leva combustível. Combustível esse que é bom pra ser gamado. Conclusão...há um bando de seres que decobriu que se assaltar a torre de comunicações, tem combustível à borliú. As simple as that. Acaba o combustível, abastecem. São assaltados. Abastecem. São assaltados. E é isto. Tem sido uma animação!
Vamos lá ver se a partir da próxima semana as coisas melhoram...e se reforçam a guarda da torre. Porque o guarda que lá tem estado sozinho, deve estar farto de correr.
Até já!*
Mas o que eu gostava mesmo mesmo, era que esta internet de bosta me deixasse fazer um post!!!!!
Até já!* (ou até quando a net deixar...)
Mas sou só eu que nunca consegue alcançar a patanisca perfeita? A patanisca mais fofinha, amarelinha e saborosa de sempre?
Desta vez não faltou a salsa (que consegui encontrar felizmente!), só mesmo o jeito. Ou ficam espalmadas, ou ficam com óleo, ou ficam com pouca massa... já não sei que faça. Já tentei dar a volta à receita uma série de vezes. Já pesquisei em sites e até vi videos...mas também não ajudam nada porque simplesmente não são coerentes. Há a receita que diz que a farinha não pode ter fermento. Outra diz que se acrescenta fermento. Outra põe água. Outra não põe. As quantidades são sempre esquisitas. Gente...decidam-se! Anda aqui uma pessoa a tentar alcançar a bela das mais belas, e não consegue! Já basta cá os ovos serem pequenos e ser raro encontrar salsa. Quando tenho os ingredientes todos, quero mais é que fiquem perfeitas! Rrrr.
(Mas na falta de melhor... comeram-se pois.)
Até já!*
O louva-a-deus é um animal elegantíssimo e que felizmente não chateia ninguém. Há alturas do ano em que é comum verem-se muitos por cá, pequenos ou grandes, sejam destes verdes, ou então dos castanhos também conhecidos por “bicho-pau”. Não fazem barulho, e estão quase sempre estáticos perto de uma fonte de luz. Não posso reclamar.
Identificação da bicheza: Louva-a-deus.
Classe da bicheza: Insectos.
Espécie da bicheza: Sphodromantis viridis.
Imagem da bicheza:
Até já!*
Já vos contei anteriormente o meu passeio à albufeira de Cahora Bassa. Mas não vos escrevi muito acerca da barragem em si, que também já tive o prazer de ir visitar.
Acho que se pode dizer que, a barragem agora de nome Cahora Bassa (Cabora Bassa no período colonial), é a maior obra de engenharia realizada em Moçambique. E é neste momento, a maior fonte de geração de energia em Moçambique. Esta, situa-se no distrito do Songo, na província de Tete.
Ao longe parece um pedacinho cinzento encaixado em duas paredes rochosas escarpadas. Só quando lá estamos é que realmente temos noção da sua imponência e do quão maravilhosa é a paisagem.
A visita foi guiada, desde as instalações da Hidroeléctrica de Cahora Bassa até à barragem. Aí, tivemos que colocar coletes reflectores e capacetes de protecção como medida de segurança. À entrada da barragem é possível ver um monumento referente à passagem oficial da barragem para o governo moçambicano, que se deu em 2007 pelo governo de José Sócrates. Desde o início da sua construção, em 1969, que a barragem estava a cargo de entidades portuguesas.
Percorremos a barragem a pé. De um lado é possível ver água. Água sem fim. Do outro um abismo. Uma monstruosidade de betão enorme e lá no fundo o diminuto curso de água que segue rasgando caminho por entre as rochas.
Lamentavelmente, o dia da visita coincidiu com um dia de manutenção numa das turbinas e por isso a barragem não estava a descarregar. Não deu para ter noção do seu funcionamento normal. Mas ainda assim pudemos visitar as turbinas e passar para o lado de baixo da barragem, ou seja, ficar de frente para ela onde abrem as comportas. Infelizmente o sol não deixou registar o momento em condições, mas foi muito giro ter as duas visões da barragem.
Na falta de melhor, deixo-vos uma imagem da maquete de como seria o funcionamente normal da barragem.
Até já!*
...os táxistas estão a conseguir denegrir ainda mais a sua imagem perante os portugueses?
(um aparte de africanismos)
Até já!*