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Bicheza #9

Por M&Ms, em 30.09.16

É impossível ficar indiferente a este bicharoco. São realmente bonitos e impõem respeito. Já os pude ver de bem perto, tanto em terra como na água. Infelizmente, é frequente o ataque de crocodilos a pessoas aqui em Moçambique, dado  seu elevado número de espécimes e o hábito de muitas populações lavarem as suas roupas nos rios. Desde 2010, apenas na província de Tete, já foram mortas mais de 175 pessoas e feridas mais de 130, sendo que estes números são de 2015. À parte disto, existe um grande negócio por cá, tanto para venda de peles como para consumo de carne de crocodilo.

 

Identificação da bicheza: crocodilo.

Classe da bicheza: répteis.

Espécie da bicheza: dos assustadores (crocodilo-do-nilo).

Imagem da bicheza:

 

 

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Até já!*

às 14:02

O encanto de Roma - Parte 4

Por M&Ms, em 29.09.16

O quarto dia destas férias italianas foram a percorrer as ruas da cidade sem ter destino, e ao mesmo tempo, a ter muitos. Para o último dia ficaram as praças, igrejas e monumentos que valem a pena visitar.

 

Mais uma vez saímos cedinho e desta vez decidimos tomar o pequeno almoço numa confeitaria com muito bom aspecto, que ficava numa esquipa perto do hotel. Tinha um ar requintado e a decoração era toda em madeira. Notava-se que era antiga e que tinha bastante prestígio. Estava muita gente em pé, ao balcão a tomar café. Já não estávamos à espera de pagar pouco obviamente, mas ficamos surpreendidos quando percebemos que íamos pagar 25 euros por um pequeno almoço de dois sumos e 3 bolos. E que nem eram assim tão bons. Pode-se dizer que fomos chiques por 20 minutos... E agora que estou a falar disto, reparei que não me lembrei de fotografar o local.

 

Seguimos a pé, tentando sempre passar por sítios onde ainda não tivéssemos passado nos dias anteriores. Fiquei encantada com as ruas pitorescas, com a arquitectura dos edifícios. À excepção de 1 ou 2 pessoas, posso dizer que achei o povo italiano muito simpático. Tentavam falar inglês para nos entendermos e sempre com um sorriso nos lábios.

 

 

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Para mim, o grande charme de Roma está em virar uma esquina e ver um obelisco, cruzar uma estrada e de repente estar numa pracinha simpática com um lago, ir a passear numa rua e passar à porta de uma bonita igreja trabalhada. A cidade cheira a cultura, a antiguidade. E é acolhedora.

 

Ao final do dia tínhamos conseguido ir à maior parte dos sítios da nossa lista: Igreja de Sta Maria Maggiore, Praça Navona, Praça del Popolo, Panteão, etc. E claro, revisitamos locais onde já tínhamos estado nos dias anteriores, como a Fonte de Trevi ou a Praça de Espanha e que foram sem dúvida, os meus preferidos.

 

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No dia seguinte, tínhamos voo a meio da tarde, pelo que apanhamos o comboio à hora de almoço. Não, sem antes aproveitar a manhã para dar umas voltas e comprar umas lembranças. Já andávamos a namorar uns quadros pintados à mão desde o primeiro dia, com paisagens de lugares emblemáticos de Roma. Vou adorar pendurá-los na minha futura casa.

 

Acho que aproveitamos bem os poucos dias que passamos em Roma. Com o tempo bem gerido, em 3 dias completos conseguem-se visitar as principais atracções da cidade. E vou, sem qualquer dúvida, voltar. Talvez numa época do ano mais calma, mas tenho decididamente que voltar a Roma. Adorei!

 

Até já!*

 

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às 15:34

Palavras para quê? #5

Por M&Ms, em 27.09.16

Este dia foi considerado feriado nacional em Moçambique. 

 

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Até já!*

às 13:35

O encanto de Roma - Parte 3

Por M&Ms, em 27.09.16

E o terceiro dia de visita foi reservado para descobrir o Coliseu e o Fórum Romano. Já vos contei os primeiros dois dias aqui e aqui.

 

Mais uma vez, compramos os bilhetes online para ambos, se bem que para o Fórum Romano não apanhamos filas de entrada. Já para o Coliseu, mesmo que tenhamos o bilhete comprado com antecedência, ainda vamos para uma fila para a bilheteira e depois para outra fila de entrada no Coliseu. Estava uma maré de gente, para não ser diferente do dia anterior. As filas eram enormes. Acho que a maior parte das pessoas escolheu visitar o Coliseu de manhã e o Fórum de tarde, tal era a diferença entre as filas da manhã para a tarde.

 

O Coliseu, tal como esperado, é de um imponência espantosa. É realmente grande e apesar de grande parte estar destruído, consegue-se perceber perfeitamente como estava estruturado. É também possível ver ao lado do Coliseu, o famoso Arco de Constantino. Ambos ficam na considerada zona velha (antiga) da cidade, mas fora do Fórum Romano (da parte vedada que é paga para visitar).

 

 

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Da parte da tarde seguimos para o Fórum Romano. Nesse dia o fórum fechava mais cedo, pois tinham um evento televisivo a realizar-se no espaço. A área que é possível visitar é bastante grande. Vale a pena um passeio pelas ruínas, ver os jardins, os templos e o museu (pequeno para o que esperava).

Antes da viagem li alguns blogs e uma das dicas mais interessantes foi a referência à existência de diversas fontes de água potável espalhadas pela cidade. Assim só precisavamos de ter uma garrafa de água à mão, e enchiamos sempre que passavamos numa fonte. Dentro do Fórum existem uma série delas e a água saía bem fresca, independentemente dos mais de 30 graus que estavam. Outro pormenor interessante, é que existe um roteiro à volta do Fórum Romano, que permite aos turistas ver as ruínas sem terem que comprar bilhete. É obvio que não tem acesso às mesmas coisas e há muito que fica por ver, mas é uma óptima solução para quem tem pouco dinheiro para gastar.

 

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Depois do Fórum e como ainda estávamos a meio da tarde, decidimos passear pela cidade. Fomos em busca de um gelado e, vira aqui e vira ali, demos por nós na Fontana di Trevi. Que lugar deslumbrante. Fiquei apaixonada. Sem dúvida, o sítio que mais gostei de visitar em Roma. E fiz questão de visitar a fonte de tarde, de manhã e de noite nos restantes dias. E não houve um em que não estivesse cheio de gente. E sim, atirei a moedinha claro!

 

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Depois regressamos à parte velha e demos um passeio passando pelo monumento a Vitor Emanuel na praça de Veneza, pelo Museu Capitolino, em direcção à Boca da Verdade. Infelizmente, quando lá chegamos, tinha fechado há 10 minutos. De qualquer forma, não ia poder entrar pois estava de calções, e é mais um dos sítios em que é necessário ter ombros e pernas cobertas. Ainda assim, deu para ver o local por fora das grades.

 

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Passamos a ponte a pé e fomos até ao Bairro Trastevere. Fiquei um pouco desapontada, achei muito parado. Talvez fosse mais interessante de se visitar à noite. Assim, acabamos por fazer a marginal do rio e percorrer ruas que ainda não conhecíamos e mais uma vez, jantar num daqueles restaurantes situados numa pracinha simpática.

 

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A esta altura, as pernas já estavam mais que falecidas. E ainda faltava conhecer a cidade, coisa que deixamos para o 4º dia.

E obrigada ao Sapo por mais um destaque no dia 24/09/2016! 

 

Até já!*

 

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às 13:29

O encanto de Roma - Parte 2

Por M&Ms, em 23.09.16

O segundo dia em Roma foi reservado para ir ao Vaticano. A preparação para este tipo de visita é fundamental. Não só a compra antecipada de bilhetes, para não se perderem horas em filas de espera, como a consulta dos regulamentos dos locais. Para se entrar no Vaticano devem-se ter os ombros cobertos e não se podem usar saias ou calções curtos, o que me custou, confesso, pois estava um dia bastante abafado.

 

Marcamos a nossa entrada nos Museus do Vaticano para as 9h30 e como ainda ficava distante do hotel, fomos de metro. Tinha o mapa na mão e a máquina fotográfica ao ombro. Desta vez optei por não andar de carteira nem mochila nem nada que me incomodasse. Pleno Julho, sol e calor...quanto menos coisas para atrapalhar, melhor. Arranjei forma de levar apenas a bolsa da máquina fotográfica com os documentos necessários e chegou.

 

Quando vi a fila de gente que estava para entrar, deixei de chorar os 10 euros a mais que se dá pela compra online do bilhete. Afinal, tempo é dinheiro, e valeu bem a pena ter entrado directamente para a bilheteira. Acho que foram 10 minutos até entrarmos nos museus. A partir daí podemos optar em que museu entrar ou se queremos ir directamente à Capela Sistina, que fica no final do percurso.

 

 

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Estou longe de ser o tipo de pessoa que devora museus, principalmente se for para ver quadros e afins. Gosto de museus militares e arqueológicos. Mas tive que me render. Além de encontrar coisas que não imaginava estarem no Vaticano (como múmias), rendi-me às pinturas nas paredes e tectos.

Íncrivel a quantidade de gente que já estava no Museu àquela hora, mas já estava a contar pela altura do ano que era. Houveram corredores que nem consegui apreciar como queria, tal era o mar de gente. Acabava mais por ser “go with the flow”...

 

 

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A Capela Sistina é realmente uma obra de arte, fiquei completamente abismada. Infelizmente não é permitido tirar fotografias.  A visita aos museus durou umas 3 horas e quando saímos fomos almoçar para prosseguirmos com a visita na praça de S.Pedro, ver a Basílica e subir à cúpula.

 

 

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A praça de S.Pedro é enorme, tal como esperava. Muito bonita, com a basílica a destacar-se no fundo. Ainda vimos uma perseguição em plena praça, um carro da polícia a perseguir um vendedor ambulante. Foi só para o assustar e fazer sair da praça, mas foi engraçado. Parecia um filme.

Entramos na basílica e é tão grandiosa por dentro como parece ser defora. Os tectos tão altos e trabalhados...que só me faziam tentar imaginar como alguém construiu aquilo no séc.XVI.

 

 

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Entretanto quando saímos da basílica, estava a ficar o céu nublado. Seguimos para a cúpula e a decisão foi subir sem elevador, ou seja, 551 degraus. Não que as perninhas já não estivessem um pouco bambas, afinal desde a tarde anterior que já tínhamos caminhado bastante, mas achei super giro subir a pé. E as vistas são...de tirar a respiração. É possível ver toda a cidade...a praça, o Castelo de Saint Angelo (onde fomos a seguir) e ao longe o Coliseu. Também se podiam ouvir alguns trovões e perceber que, não iria demorar muito para chover.

 

 

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Seguimos para o Castelo já debaixo de chuva. Mas nada que nos impedisse de continuar. Aliás, só se tornou um pouco desagradável quando estava na fila para entrar (e ainda foram uns 15 minutos). Depois acalmou, e com o calor que estava, rapidamente ficamos secos. O Castelo é interessante, mas pensei que tivesse mais para ver. Vale pelas vistas no último piso, e também li algures que o pôr-do-sol visto de lá é fantástico, mas as nuvens não me deixaram confirmar essa opinião.

 

 

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Para finalizar o dia, atravessamos a ponte a pé e como entretanto a chuva parou, optamos por regressar ao hotel a pé, acabando por jantar pelo caminho. E voltamos a passar pela praça de Espanha, que passou a ser o nosso local de eleição para jantar. 

 

Mas ainda não acabou...

 

Até já!*

 

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às 15:19

Bichezas #8

Por M&Ms, em 23.09.16

Como devem imaginar, o que por cá não faltam, são aranhas. Há de vários tipos, tamanhos e cores. Algumas até saltam (não gosto dessas). Para já, começo com as aranhas que são mais comuns em casa (pelo menos na minha!). Têm um corpo muito pequeno em relação às 8 patas, que fazem uma forma circular. São dificeis de matar porque correm muito rápido e como são fininhas, escondem-se facilmente. Costumam aparecer de vários tamanhos, o que me faz crer que devo ter umas famílias a habitar por lá e vou vendo alternadamente mãe, filhas e netas. As maiores que já vi, conseguem chegar a um diâmetro de 7 cm aproximadamente. 

Já aprendi a conviver com elas e estas já não me fazem levantar para as exterminar. Acho que não são venenosas.

 

Identificação da bicheza: aranha castanha.

Classe da bicheza: aracnídeos.

Espécie da bicheza: daquelas espalmadinhas e que andam rápido.

Imagem da bicheza:

 

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Até já!*

às 13:31

O encanto de Roma - Parte 1

Por M&Ms, em 22.09.16

Eu sei que este é um blog exclusivamente “africano” mas como adorei o meu destino de férias, acho que vale a pena partilhar um bocadinho da minha viagem convosco. Este ano o destino escolhido foi Roma. Já tinha gostado de Paris, que visitei em 2013, mas Roma...Roma superou. Superou Paris, superou as expectativas, superou tudo.

 

Bem,mas vamos por partes, senão este post fica muito extenso.

 

Aterramos em Roma pela hora do almoço, o que nos deu tempo suficiente para ir ao hotel deixar as coisas e ainda poder dar um passeio de tarde. Decidimos à partida que preferíamos ficar num hotel mais baratinho, dado que a ideia era só mesmo lá por os pés para dormir, e ficar com mais dinheiro disponível para gastar na cidade. Assim foi.

Escolhemos um hotel que ficasse  relativamente perto da Estação Termini, pois no aeroporto iríamos apanhar o Leonardo Express, que em 30 minutos chegaria a esta estação. Não é barato, o bilhete foi 16 euros por pessoa, mas é mais cómodo e o tempo de viagem compensa em relação à outra opção, que seria uma hora de viagem por 12 euros. O hotel, de 3 estrelas, era pequeno e simples, mas servia para o gasto e o quarto até tinha sido renovado recentemente. Infelizmente tivemos o azar de, termos de partilhar o andar com uns jovens na casa dos 18 anos, que lá estavam numa espécie de visita de estudo e que faziam bastante barulho. Mas depois de umas chamadas de atenção, as coisas lá se compuseram.

 

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Era domingo e eu não tinha marcado nada de especial para a tarde, a não ser dar um passeio nos jardins da Galeria Borghese. Como a extensão dos jardins era grande, decidimos fazê-lo numa espécie de bicicleta dupla em que apenas um dos volantes funcionava (e não era o meu) e tinha um motor de arranque nos pedais (não nos meus...). Digamos que foi uma aventura, porque o travão era dos fracos e havia muitas subidas e descidas. Ainda nos aventuramos lá pela mata e achei seriamente que estivemos perto de perder alguns dentes, mas no final tudo acabou bem.

Depois dos jardins fomos explorando as ruas da cidade.Uma das coisas que mais me impressionou em Roma é a facilidade com que encontramos um monumento, uma praceta simpática ou uma igreja. Mesmo na rua mais simples, podemos encontrar algo que nos apaixone.Tentamos ao máximo evitar o uso do metro e percorrer a cidade a pé.   

 

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Acabamos por ir dar à Praça de Espanha, local por onde iríamos passar diversas vezes nos dias seguintes. Infelizmente a famosa escadaria da Praça de Espanha estava vedada aos turistas por motivos de recuperação, mas mesmo assim deu para sentir a magia do local.

 

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Como esperado para o mês de Julho, muitos turistas em todo o lado e um calor que não sendo muito bom para durante o dia, foi perfeito para as noites. Por incrícel que pareça, chegamos a apanhar umas pingas de chuva nessa noite (e no dia seguinte também!). Jantamos numa esplanada numa daquelas ruas típicas, e claro...massa! Depois regressamos ao hotel para descansarmos, pois tínhamos o dia seguinte reservado para visitar o Vaticano logo cedo.

 

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Infelizmente não tenho muitas fotos deste início de viagem, pois a ideia era dar um passeio descontraído e deixei a máquina fotográfica no hotel. Valha-nos as câmaras dos telemóveis.

 

Até já!*

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às 14:22

Palavras para quê?#4

Por M&Ms, em 20.09.16

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E acreditem que aqui, são mesmo necessários placards destes...

 

Até já!* 

às 11:31

O regresso.

Por M&Ms, em 20.09.16

Para regressar a Moçambique tive que apanhar 3 aviões. A viagem é longa e chata, tanto na duração dos vôos como na duração das escalas. O trajecto que fiz foi o oposto ao que tinha feito para ir a Portugal. Desta vez fui ao aeroporto de Istambul, que ainda não conhecia. Normalmente, quando saio de Tete, costumo fazer escala em Joanesburgo e depois em Frankfurt ou então voo de Maputo directamente para Lisboa.

 

Posso dizer que viajar na Turkish Airlines foi uma boa surpresa. Fiz os dois trajectos mais longos nesta companhia. Ou seja, as 10h de viagem entre Joanesburgo e Istambul e as  5h de viagem entre Istambul e Porto. Os aviões são agradáveis e no vôo mais longo oferecem uma bolsa de fecho com meias, uma venda, uns chinelos, um bálsamo para os lábios e uma escova e pasta de dentes. Quanto às comidas, não posso opinar pois como sou muito esquisitinha, normalmente evito comer nos aviões. Sempre que arrisco e penso “não, vai ser hoje que vou gostar”...arrependo-me sempre. Até o próprio cheiro da comida enquanto está toda a gente a comer, me enjoa. Por isso...não, obrigada. A grande falha desta companhia, é a dificuldade em fazer o check-in online. Porque para vôos longos, acreditem que é importante sermos nós a escolher o nosso lugar, além de ficarmos com o check-in despachado e termos que perder tempo só a entregar as bagagens. Não consegui fazê-lo em nenhum dos trajectos infelizmente.

 

As escalas também são uma chatice. Desta vez, por exemplo, fiquei 5 horas em Istambul e 6 horas em Joanesburgo antes de apanhar o último vôo para Tete, este de 2 horas. Passeia-se, come-se qualquer coisa e lê-se. E depois fica-se com um sono...mas estando sozinha não convém adormecer, até porque tinha bagagem de mão. Saí do Porto às 12h30 e cheguei a Tete no dia seguinte às 18h30...não há como não parecer um zombie. Ainda fui dormitando nos vôos, mas acordei muitas vezes dado ao desconforto da posição, que normalmente me causa bastantes dores nos joelhos e no fundo das costas. O que arranjei foi uma bela dor de cabeça que durou até ao dia seguinte, de andar a dormir de hora em hora. E o que ainda me safou foi a minha almofadinha azul em forma de ferradura para colocar no pescoço, senão nem 10 minutos dormia.

 

Quando cheguei ao Porto, tinha acabado de fazer escala em Ataturk - Istambul às 6h da matina. Achei que o aeroporto tinha bom aspecto, tem uma área de cafés e restaurantes bastante simpática e algumas lojas. Para a hora que era, ainda achei que tinha um fluxo de pessoas aceitável. Aliás, cheguei a falar bem do aeroporto a uma ou duas pessoas, tal tinha ficado impressionada. Isto foi uma semana antes do atentado ao aeroporto, quando uns 3 fulanos se fizeram explodir lá dentro na zona do check-in. No regresso, voltei a fazer escala no mesmo sítio mas desta vez à noite, entre as 20h e a 1h da manhã. Beeeeem...irreconhecível. Parecia um outro sítio. Apinhado de gente. Onde quer que fosse... Gente sentada e deitada no chão. Andei montes de tempo a passear e a fazer tempo, porque não encontrava um sítio pacífico para me sentar e relaxar um bocadinho antes do vôo. Pior...era lixo e mais lixo no chão e nos bancos. As casas de banha imundas, como chão sempre cheio de água. E quando se passava num corredor de bancos apinhados, era um cheiro tão estranho...depois percebi que estava toda a gente descalça e...eureka! Que má experiência...

 

Isto tudo para vos dizer que, a aventura não é só o estar aqui. O chegar cá também engraçado (ou não) por vezes.

 

Até já!*

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às 11:24


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