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Desabafos,desatinos e aventuras de uma emigrante em África.
" Be miserable. Or motivate yourself. Whatever has to be done, it's always your choice." - Wayne Dyer
Está na altura de vos falar das opções de transportes públicos que existem cá por estas bandas.
Aqui em Tete, e em praticamente todo o Moçambique, não há rede de transportes públicos como as que estamos habituados a ter em Portugal. Não há STCP nem Carris nem nada do género que nos valha.
Em termos rodoviários posso dizer que temos 5 tipos de transportes públicos de passageiros: os “chapas”, os “machibombos”, os “my love”, os táxis e as “tchoupelas”.
Para começar, vou vos apresentar o “chapa”, termo que alguns de vocês já devem ter ouvido. Um chapa é (costuma ser) uma carrinha Toyota Hiace bege ou cinza (daquelas que se via muito em Portugal aqui há uns 20 anos), que é originalmente de 9 lugares mas que está adaptada para mais ou menos 15 lugares. E este “mais ou menos” é deveras importante pois, não me perguntem como, às vezes cabem lá dentro umas 20 pessoas!
E ainda tem um cobrador de bilhete que gere as paragens e os lugares e os pagamentos. Normalmanete vai de pé dentro do chapa (meio aninhado), junto à janela com a cabeça e o braço de fora, para “perguntar” aos transeuntes se vão apanhar o chapa. Acho que este senhor merecia o título profissional de “gestor de chapa”, porque afinal...não deve ser fácil!
Estes transportes super (des)confortáveis chegam a fazer percursos até cerca de 300km...nem é bom pensar! O pessoal costuma ir lá dentro todo enlatado, mas infelizmente por falta de opção, têm que se sujeitar. É o transporte mais barato que há cá, e por isso o mais utilizado. Costuma ter indicado nos vidros da frente e de trás, o trajecto que percorre.
Para ser motorista de chapa, só tem de saber conduzir mal e quiçá não ter carta de condução. De resto, vale tudo! (como gostaria que estas frases fossem uma brincadeira..mas é a realidade que temos).
Até já!*
E cheguei ao fim de mais uma semana de Insanity Max:30. Esta semana o treino de 3ª e 5ª mudou e ficou mais exigente. Eu já não o achava fácil, mas agora... conseguiu ficar piorzinho! Tanto é que o tempo de MAX OUT baixou logo.
Esta semana foi assim:
2ª feira – Cardio Challenge – MAX OUT: 30min
3ª feira – Tabata Strengh – MAX OUT: 11.24min
4ª feira – Sweat Intervals – MAX OUT: 30min
5ª feira – Tabata Strengh – MAX OUT: 20.15min
6ª feira – Friday Fight 1 – MAX OUT: 30min
No sábado acabei por ir ao ginásio para fazer um treino mais relaxado, o que depois acabou por não acontecer porque me entusiasmei e ainda andei por lá umas duas horas. E descobri, que com 3 semanas de Insanity no corpo, passei a conseguir saltar à corda durante 5 minutos seguidos...yay!
(Fonte: www.prozis.com)
Até já!*
Apesar de vos ter colocado a par do meu desempenho no programa Insanity Max:30, ainda não tive oportunidade de explicar como realmente funciona. Como já mencionei anteriormente, o programa dura 60 dias, com treinos diários de 30 minutos.
A ideia principal do treino é: dar o máximo. Levarmo-nos ao limite. É claro que é preciso ter noção das nossas capacidades e saber quando parar, a não ser que se queira ter uma lesão.
Mas para quem não quer começar com um ritmo tão acelarado, o programa tem opção. No vídeo, além do treino normal, é possível ver uma pessoa a fazer uma versão mais fácil do mesmo exercício (imagem da direita).
Tal como é referido durante os treinos, não importa se estamos a fazer a versão normal ou a mais fácil pois ambas são exigentes, e a execução dos exercício pode ser feita ao nosso ritmo, o que interessa é não parar! Obviamente que para que o programa resulte a 100%, quanto mais intensidade lhe dermos, melhor.
Eu faço os exercícios na versão normal, e quando sinto que já não aguento mais, passo para a versão mais fácil para tentar dar o meu máximo, até não aguentar mais. E como é obvio, nem sempre é possível fazermos ao ritmo deles, porque não temos preparação física para tal. Eu inicio o treino ao ritmo deles, mas à medida que o cansaço se instala noto que perco velocidade nas repetições. E por vezes o exercício é tão exigente que simplesmente não consigo fazer tão rápido. O importante é que façamos a um ritmo confortável para nós, em que sintamos que estamos a dar o nosso melhor! Chega a uma altura que o corpo cede e em que temos que parar, e aí registamos o nosso MAX OUT.
Os exercícios apresentados são todos feitos apenas com o corpo, não sendo necessário a utilização de pesos e outros acessórios. Aconselho apenas um tapete daqueles de ioga, para fazer alguns exercícios de abdominal.
Para quem quer emagrecer, o Insanity Max:30 deve ser acompanhado com um programa de alimentação especial, que vem juntamente com o pack de videos. Como o meu objectivo não é emagrecer, não estou a seguir nenhuma dieta em especial. O que já faço há alguns meses é tentar fazer uma alimentação mais saudável. Como sopa com uma salada de legumes e uma salda de fruta ao jantar, 5 dias por semana. E além de comer várias vezes ao dia, tento comer pelo menos 3 peças de fruta por dia. E não me encho de bolos e doces...só um ou outro de vez em quando.
No fim do primeiro mês vou partilhar os meus resultados. Para já só posso dizer que estou a gostar bastante de o fazer, e que já observei algumas mudanças no meu corpo.
Volto a referir, que não tenho qualquer tipo de formação na área de desporto. Estou apenas a partilhar a minha experiência e opinião sobre o programa que estou a fazer.
Até já!*
(todas as imagens foram retiradas dos vídeos Insanity Max:30)
Ao que tudo indica o bichinho que apresento hoje deve ser uma garça. Pelo menos assim o aparenta, dada a sua cor, forma e o facto de estar junto a uma albufeira. Enquanto a observei manteve-se sempre imóvel no cimo do tronco numa zona típica de mangais. Há que destacar a elegância na sua pose.
Identificação da bicheza: garça.
Classe da bicheza: aves.
Espécie da bicheza: provavelmente uma garça branca.
Imagem da bicheza:
Até já!*
(Continuação do post Albufeira de Cahora Bassa #2)
Os quartos onde ficámos eram grandes, tinham uma cama grande com rede mosquiteira, um sofá e uma varanda também com mesas e cadeiras e a casa de banho era de tamanho normal, e com bom aspecto. Tinham também uma variedade de insectos simpáticos, principalmente aranhas. Que é o bónus que se tem quando se quer ter uma experiência na natureza. Aqui o nascer do sol acontece cedo, devia ser perto das 6h da manhã quando acordei com os raios de sol a entrar pela janela...aproveitei para tirar uma foto claro!
No dia seguinte, ou seja no segundo dia, decidimos que iríamos aproveitar a piscina e apanhar um solzinho. E assim foi. Manhã tranquila junto à piscina. O vento intensificou-se em comparação com o dia anterior, provocando ondas na albufeira, que ao baterem nas rochas da falésia faziam com que parecesse o barulho do mar. Foi super relaxante...
Da parte da tarde fomos visitar a quinta dos crocodilos. Existem cerca de 4500 crocodilos na quinta, de diversos tamanhos. Fiquei bastante impressionada ao ver crocodilos de 4 metros e meio. Entramos mesmo para o recinto onde estavam os maiores, sem termos uma barreira entre nós e eles. São animais fantásticos, que realmente metem respeito. Alguns mais assustadiços mergulharam na água, outros ficaram parados como se ali não estivéssemos. Acho que eu estava mais incomodada do que eles. Ao sair da quinta, avistámos duas águias pesqueiras e três macaquinhos numa árvore!
O final do dia foi a jogar Uno, como já não fazíamos há muito tempo. Ainda deu para umas risotas. E eu fui a grande perdedora...jogamos a pontos e eu fui a primeira a chegar aos 500. Paciência, ainda bem que não se jogou a dinheiro!
Último dia e dia de regresso. Ainda se aproveitaram umas horinhas de manhã na piscina, e regressamos pela hora do almoço. Foram dois dias muito bem aproveitados, de convívio e de relaxamento. Aliviar a cabeça e fazer um “reset” da rotina diária. O pessoal do lodge foi sempre atencioso e deixaram-nos sempre muito à vontade. É a possibilidade de podermos usufruir destes paraísos ocasionalmente, que torna mais suportável o esforço de estar longe de casa.
Até já!*
(Continuação dos post Albufeira de Cahora Bassa #1)
Após nos instalarmos no lodge, almoçamos com calma e decidimos fazer o passeio de barco ao pôr-do-sol. Aqui o sol põe-se cedo, pelo que saímos para o passeio perto das 16h. Não sem antes ir até ao quarto descansar um pouco e contemplar a fantástica vista da varanda.
Ao sair do cais pudemos ver alguns pescadores que acabavam de chegar, e assim que entramos na albufeira foi possível observar vários barcos a posicionarem-se para trabalhar durante a noite. Estes barcos apanham um peixe chamado “kapenta” que é atraído para a superfície pela luz que o barco projecta na água, facilitando a sua pesca.
Quanto mais avançávamos na albufeira, mais a imensidão se apoderava de nós. A paisagem consistia em água, água e mais água, com montanhas como pano de fundo. De um lado nem sequer era possível ver a margem, dando a sensação de estarmos no mar. E o sol sempre a descer em direcção ao horizonte.
A viagem foi grande e alcançamos uma margem, que anteriormente parecia muito distante. Ali pudemos ver hipopótamos, crocodilos e diversos pássaros. Já tinha feito um passeio deste género e apenas tinha avistado um crocodilo e com dificuldade. Desta vez tivemos sorte, estavam vários na zona e muitos esconderam-se mergulhando. Demos uma volta nas redondezas e foi possível ir identificando vários crocodilos a nadar à superfície. Segundo o nosso guia, é frequente a presença de hipopótamos e de crocodilos naquela zona, e contou-nos que dois dias antes uma senhora tinha sido levada da margem por um crocodilo. Infelizmente, aqui ainda vão existindo muitos casos destes, porque além de existir muita população que depende da pesca também é hábito as pessoas tomarem banho e lavarem a roupa no rio.
Depois do passeio a ver a bicharada, conseguimos ter uma vista fenomenal do pôr-do-sol. Naquele sossego, no meio dos animais, da natureza...indescritível. Mais um momento para a caixinhas dos “a recordar”. A luz foi-se desvanescendo e tivemos de terminar o passeio. A voltar para o lodge o número de barcos de pesca tinha triplicado. Foram cerca de duas horas naquela paz de espírito. Duas curtas horas...
E ainda não foi desta que terminei, por isso “não percam o próximo episódio, porque nós também não!”.
Até já!*
A construção da barragem de Cahora Bassa no rio Zambeze, criou uma albufeira de cerca de 250 km de comprimento e 38 km de largura. Um verdadeiro lago que por vezes não tem fim à vista, enganando o cérebro fazendo pensar que estamos no litoral a ver o mar.
Existem cerca de 3 ou 4 lodges situados na margem da albufeira, permitindo passar uns dias calmos e relaxantes com uma vista priveligiada. O lodge escolhido para passar este fim-de-semana prolongado, foi o Casindira Lodge, que fica a 265 km de Tete, no distrito de Magoé. Já tinha ouvido falar muito bem deste local, que era muito sossegado e óptimo para se fugir à rotina. Nada como por a teoria à prova!
Fui ao site e gostei das fotografias e da descrição. Um lodge situado numa falésia junto à albufeira, com piscina e quartos com varanda virada para a imensidão da albufeira. Estamos a falar de um espaço que tem apenas 5 quartos, é reservado e familiar. Um ambiente diferente daqueles a que estamos habituados quando vamos de férias e ficamos num hotel. Não há rede de telemóvel, e o wi-fi é fraquíssimo, pelo que é bom recordar como era viver sem as tecnologias. Para lazer temos a opção de fazer um passeio de barco na albufeira ao pôr-do-sol, visitar uma quinta de crocodilos, ir à pesca e observação de aves. E descansar claro!
Saímos no sábado de manhã, cerca das 8h30. Cerca das 11h45 estacionámos o veículo e dirigimo-nos ao barco. O lodge não ficava na margem onde estávamos, pelo que para lá chegar tivemos de fazer uma viagem de 10 minutos de barco. Antes de chegarmos ao cais improvisado, o condutor foi-nos mostrar onde ficava o lodge pelo lado da albufeira, o qual só tem acesso via terrestre. Quando deixamos o barco, fomos de Land Rover até ao lodge. Em 3 minutos chegamos ao lodge e instalámo-nos.
A viagem de carro até Magoé não teve grandes percalços. Apenas os últimos 12km são feitos em picada, pelo que o uso de veículo 4x4 é recomendado. A estrada está em boas condições (para quem cá vive sabe que não é muito comum) e a afluência de trânsito é quase nula. Um pouco depois de virar no cruzamento de Chitima, destaca-se na paisagem a passagem das linhas de alta tensão que distribuem a electricidade obtida na barragem para a África do Sul e para o Zimbabwé. A meio do caminho, encontramos um sinal de trânsito muito particular e que nunca tinha visto. “Atenção à passagem de elefantes”. É verdade...elefantes. Não vi nenhum, mas em 3 troços do caminho encontramos estes sinais. Mais perto do destino, já na vila de Casindira, foi possível ver as palhotas da população muito arranjadinhas e pintadas (e com direito a painel solar!), construídas em cima de uma sapata grande, possivelmente para se prevenirem da ocorrência de cheias na região fruto das fortes chuvadas.
Ainda tenho muito para vos contar sobre esta viagem por isso “não percam o próximo episódio, porque nós também não!”.
Até já!*
Bem... e que conclusões tiro ao fim de duas semanas de Insanity Max:30?
Posso descrever a primeira semana como “a terrível”, o primeiro contacto com o programa não foi fácil e era de esperar que o corpo cedesse e as dores musculares se instalassem. Ainda assim, como vos disse no post sobre a 1ª semana de Insanity, consegui melhores resultados de tempo do que o que esperava.
Na segunda semana, a rotina de treinos manteve-se e como teimosa que sou, desafiei-me a mim mesma a aguentar mais tempo do que na semana anterior em todos os treinos. E consegui! E mais uma vez, superei-me. Confesso que a parte psicológica do exercício é muito importante e que se está em constante debate “páro ou não páro...aguento mais um bocadinho ou não aguento”. Mas quanto mais se aguenta, menos se quer ceder... Os resultados da 2ª semana foram:
2ª feira – Cardio Challenge – MAX OUT: 30min
3ª feira – Tabata Power – MAX OUT: 23,45min
4ª feira – Sweat Intervals – MAX OUT: 30min
5ª feira – Tabata Power – MAX OUT: 24,40min
6ª feira – Friday Fight 1 – MAX OUT: 24,45min
Nunca pensei alcançar tão cedo, resultados tão bons. A verdade é que sinto que da primeira semana para a segunda, houve uma evolução muito positiva a nível de resistência física. E quando temos esta evolução só dá mesmo vontade é de continuar e melhorar! E dores musculares? Nenhumas. Não houve um dia durante a segunda semana, que tivesse dores musculares. O importante, é alongar muito bem depois dos treinos. Comecei a dar uma corrida de 10 minutos ao final de cada treino (corrida lenta para descontrair) e isso aliado aos alongamentos ajuda-me a recuperar fisicamente. É importante referir que estou apenas a partilhar o que sinto a realizar este desafio, não tenho qualquer tipo de formação nesta área.
Agora é continuar a desafiar-me e a convencer-me de que “Eu consigo!”!
(Fonte: www.shauntfitnessprograms.com)
Até já*
Só vim aqui rapidinho dizer que hoje é feriado. Dia do trabalhador! Foi ontem, é verdade, mas aqui em Moçambique os feriados que são ao domingo passam para segunda-feira! Iupiiiiiiii! Fim-de-semana prolongado..já me vinguei de não ter tido o 25 de Abril!
Até já*